domingo, 6 de fevereiro de 2011

PORQUE CONFESSAR-SE?

  Amados leitores, iremos refletir sobre a confissão, que nós católicos precisamos, mas muitos infelizmente ainda ignoram essa graça. Que o Senhor nos abra o coração para o entendimento de sua vontade.


Confissão é o meio certo de eu receber o perdão de meus pecados. Foi Jesus quem deu aos padres o poder de perdoar os nossos pecados. Jesus falou: - 'A quem vocês perdoarem os pecados, os pecados serão perdoados'. Isso está no Evangelho de São João, capítulo 20, versículo 19 ao 23.

PECADO ESQUECIDO na confissão fica perdoado se eu fiz bem o exame de consciência. PECADO ESCONDIDO na confissão não fica perdoado e eu não posso comungar e tenho de fazer outra confissão.


Está errado pôr comida limpa em prato sujo. Está errado receber a Jesus num coração sujo de pecado grande. Primeiro a gente lava o prato e depois põe a comida. Primeiro eu tenho de lavar minha alma com uma confissão bem feita e depois ir receber a Jesus na Hóstia. São Paulo, na sua 1a. carta aos Coríntios, cap.11,23-29, nos lembra disto.

 

 Cristo, na noite da Páscoa, disse: "Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; àqueles aos quais os retiverdes, serão retidos" (Jo 20,22s). Assim, o sacerdote para dar o perdão a penitente precisa saber da sua disposição para deixar o pecado.

A praxe de confessar os pecados ao sacerdote já estava em vigor no Antigo Testemento. "... confessará o pecado cometido, levará ao Senhor como sacrifício de reparação pelo pecado cometido uma fêmea de gado miúdo... em sacrifício pelo pecado, e o sacerdote fará por ele o rito de expiação" (Lv 5,5s)

Deus quis e quer distribuir a graça aos homens mediante ministros e sinais sensíveis, pois somos por natureza social dependentes de coisas visíveis; a via normal para a nossa santificação é a via dos Sacramentos.


A confissão, porém, além de purificar a alma de suas máculas, dá-lhe também força para não recairA virtude da penitência faz que a falta cometida seja destruída e também que não volte mais.



DO EXAME, DA DOR OU CONTRIÇÃO E DO BOM PROPÓSITO- Sabe-se que, para fazer uma boa confissão, três coisas se requerem: O exame de consciência, a dor de ter pecado, e o propósito de se corrigir.

1. Quanto ao exame, aos que freqüentam os sacramentos, não é necessário que quebrem a cabeça em indagar todos os pormenores das faltas veniais. É preferível que se apliquem mais a descobrir as causas e raízes de seus apegos e de suas negligências.Digo isto para as religiosas que vão se confessar, com a cabeça cheia de coisas ouvidas na grade, e não fazem outra coisa que repetir, de cada vez, a recitação das mesmas faltas, como uma cantilena, sem arrependimento e sem propósito de emenda.


2. É necessária, em segundo lugar, a dor ou contrição, e é o que se requer principalmente para obter a remissão dos pecados. As confissões mais longas não são as melhores, mas as em que há mais dor. O sinal de uma boa confissão, diz S. Gregório, não se acha no grande número de palavras do penitente, mas no arrependimento que demonstra.

- De resto, as religiosas que se confessam amiúde e tem horror até as culpas veniais, desfazem as dúvidas se tem ou não verdadeira contrição. Quereriam, cada vez que se confessam, ter lágrimas de enternecimento; e como apesar dos seus esforços e de toda a violência que fazem, não podem tê-las, estão sempre inquietas sobre suas confissões. É preciso que se persuadam que a verdadeira dor não está em senti-la mas em querê-la. Todo o mérito das virtudes está na vontade. É por isso que Gerson, falando da fé, assegura que aquele que quer crer, algumas vezes tem mais mérito do que aquele que crê.


3. É necessário enfim o bom propósito. O propósito exigido para a confissão, para ser bom, deve ser firme, universal e eficaz.Primeiramente, deve ser firme. Há alguns que dizem: eu não quereria cometer mais este pecado; eu não quereria mais ofender a Deus. - Mas ai! este eu quereria denota que o propósito não é firme. Para que o seja, é necessário dizer com vontade resoluta: Não quero mais ofender a Deus deliberadamente.Em segundo lugar, deve ser universal, isto é, deve o penitente propor-se a evitar todos os pecados sem exceção.


(DO FOLHETO: "EU, JOVEM, ME CONFESSO..." Frei Raul de L. Serta OCD)
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